segunda-feira, 11 de julho de 2016

Reconheço-me?


As vezes eu não me reconheço. Pareço tão diferente, tão distante do que eu era, e tão irreconhecível para mim mesma. Coisas que eu fazia com grande prazer, já hoje não me atraem se quer. Desejos e vontades de outrora, hoje parecem-me ridículos. Não gosto mais dos mesmos livros, e nem dos mesmos filmes da juventude. As músicas então, sem comentários. Não tenho mais a mesma energia dos áureos tempos. Muito barulho hoje me incomoda. Dormir tarde agora, só em sonhos. Então, perguntei-me: "onde foi que eu errei? Porque me transformei em outra pessoa?" Um breve silêncio de reflexão, foi necessário pra que eu entendesse, que não houve erro algum de minha parte, nem houve uma "transformação em outra pessoa". Sou o mesmo ser, buscando continuamente experienciar o mundo, a vida e seus prazeres. E assim, o mundo que eu já conheci, a vida que já vivi, e os prazeres que desfrutei, construíram minha história e pertencem ao meu passado, e às memórias desta jornada. Hoje sou o mesmo ser, com o corpo alterado pela ação do tempo, com o espaço de memória consideravelmente preenchido, e felizmente, com os prazeres e desejos quase todos saciados. Quero com a mesma paixão da juventude, as novas experiências que cabem à maturidade. Continuo apaixonada pela experiência terrena, pela alegria da vida, pelos desafios da jornada, por poder amar e ser amada. Acho até que sou ainda mais apaixonada hoje pela diversidade deste mundo. E é aqui que volto a reconhecer-me. Eu sou esta paixão, e não me apegarei a nada além disso. Reconheço-me na vontade de viver da melhor maneira possível, para mim, e para todos à minha volta! Reconheço-me em cada mudança. Reconheço-me novamente, a cada dia.  Desejo à todos uma semana onde consigam reconhecer a si mesmos! NAMASTÊ!

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