sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Tudo é verdadeiramente o Absoluto...


Eu tive o privilégio de, ao longo de minha caminhada, encontrar mestres que me ensinaram que "Tudo é verdadeiramente o Absoluto. Tudo tem a Natureza do Absoluto. Tudo é necessário."
Eu demorei muito para absorver a essência deste ensinamento.
Algumas situações provocam em mim uma profunda indignação. Melhor dizendo, provocavam indignação e inconformismo.
Mas se "Tudo é necessário", também estas situações são fundamentais para nossa evolução. Mesmo as situações que parecem estar tão distantes daquilo que planejamos, ou almejamos, ou pedimos em nossas orações.
Demorei para absorver este ensinamento, por que insistia em viver refletindo sobre uma situação do passado, ou esperando a realização do futuro. Porém, eu continuava tentando entender o que essas palavras estavam me dizendo. Sinto que agora eu entendo melhor.
Preciso vivenciar profundamente cada situação que a vida apresenta. E, aquilo que eu posso alterar nesta situação, claro que eu vou fazer. Se eu planejei ir pra paria, e o dia amanhece chuvoso, eu posso passar o dia lamentando essa falta de sorte, ou vestir um agasalho ao invés de biquini, e sentar-me para observar a chuva, ao invés de me expôr ao sol.
Por que a chuva eu não consigo parar, mas minha mente sim.
E a chuva também "tem a Natureza do Absoluto". A chuva é o que eu tenho neste momento. E "este momento" é a única coisa que existe de verdade, que é absoluta, e não relativa.
Ou eu experimento a chuva e vivo intensamente cada gota Divina do que a chuva está me oferecendo, ou permaneço ausente de mim mesma,  ausente da vida e do momento, e me mantenho, por mais um momento, como um "não vivo", fugindo das oportunidades que a vida me oferece, apenas por que essas oportunidades não são as que eu escolhi.
Eu pertenço à esta Natureza Absoluta.
"Eu sou verdadeiramente o Absoluto. Eu tenho a Natureza do Absoluto. Eu sou necessária".
E a vida, assim como ela se apresenta agora, é perfeita e necessária. E dessa forma, o amanhã será sempre perfeito.
Desejo à todos um fim de semana exatamente necessário.
NAMASTÊ!

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Num conto de fadas...


Eu confesso que não fui favorável aos jogos olímpicos aqui no Brasil. Confesso também, que não estava favorável às olimpíadas em nenhum lugar do mundo neste momento. Não conseguia ver sentido nesta grandiosa festa mundial, da qual uma boa parte do mundo está excluída. Mas, eu não podia fazer nada pra mudar isso, e as olimpíadas aconteceram. Foi tudo lindo, organizado, reinaram o respeito, o reconhecimento e o tal "espírito olímpico". Foram 15 dias de contos de fadas. Inimigos dando as mãos em momentos de dificuldade. Adversários reconhecendo a superioridade um do outro. Países unidos, em cerimônias lindas, reverenciando a mãe natureza, o fogo, o sol, a água, o ser humano, e a vida! Mas, foi o momento de união em respeito à bandeira que representa os jogos olímpicos e ao hino dos jogos que me fez mudar este olhar, pois pareceu-me que no fundo da alma, cada um de nós sabe a verdade e o que fazer para permanecer nesta verdade. Não quero mais que os jogos acabem. Quero continuar vendo o conto de fadas, com milhares de heróis que dedicam sua vida para participar deste momento, com apenas alguns personagens desconectados, e onde todas as cenas de alguma forma, têm um final feliz. Quero que este conto de fadas continue, para que todos continuem acreditando em seus potenciais, acreditando que tudo é possível, acreditando em seus sonhos e traçando planos de realização. Quero que este conto de fadas continue, para que todos se esforcem ao máximo para que as coisas deem certo, custe o que custar de trabalho e sacrifícios. Quero que a cerimônia de reverência ao fogo aconteça toda semana, e que aquela Pira Olímpica nunca se apague. Hoje, o que eu quero é que os jogos se tornem a vida real, que o espírito olímpico que habita cada um de nós esteja presente em cada momento de nossas vidas. E a cada quatro anos, como num conto de fadas, os homens se encontrem em um jogo de poder, de disputas e guerras, onde vencem somente os melhores, onde todos os tipos de recursos, até mesmo os mais escusos são permitidos, e o valor está apenas no ouro disputado. Neste período de guerra e disputas poderíamos cometer a loucura de matar por ódio, por preconceito e religiosidade, e poderíamos abandonar toda uma nação de irmãos morrendo de inanição. E com uma bela cerimônia de encerramento, voltaríamos à nossa linda realidade de paz, respeito, generosidade e união por mais 4 anos. Sabe aquela estória dos dois lobos? Aqui são dois contos de fadas. Qual deles você vai alimentar. E que tenhamos olimpíadas para sempre! Desejo à todos uma semana cheia de conquistas que valem ouro!! NAMASTÊ!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Errei...huhu!!


Não transbordamos alegria quando percebemos um erro cometido. Dá uma sensação estranha, um aperto no peito e uma vontade desmedida de voltar no tempo e fazer diferente. Pois é, mas já tá feito, o erro foi cometido, e agora? Agora, a melhor alternativa é assumir as consequências e sentir-se muito feliz como o erro que cometeu. Eu falo feliz de verdade. Coma até um bom bolo de chocolate, cheio de recheio que escorre pelas laterais, só pra comemorar. Quando acabar o bolo, pegue o lápis da sua vida, vire ele de ponta cabeça, e com aquela borrachinha que tem na ponta final, apague tudo que você fez de errado e comece a reescrever seu caminho, agora que você já sabe como não cometer mais este erro. Faça planos novamente, trace seus objetivos, sonhe muito, corra atrás, mas, evite aquele caminho que você precisou apagar. Ele não te levará aonde você quer chegar. Faça novos trajetos. E continue. Nós temos a chance de errar quantas vezes for preciso, e vamos errar, pode estar certo disso. Porém, os erros cometidos podem ser agravados, e é aqui que está o problema relacionado aos erros: permanecer ostracizado pelo erro, é mais um erro somado; ficar parado na fase de comemoração, comendo o bolo o resto da vida, é mais um erro somado; e o pior erro a somar-se, está na incapacidade de perceber e reconhecer que errou. Por que é impossível chegar à um objetivo que está à sua frente, se você continuar sempre, insistentemente, caminhando para os lados. E cada erro reconhecido, comemorado e transformado, é um erro à menos, e um acerto  à mais. Desejo à todos uma semana de erros e acertos!!!! NAMASTÊ!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Meu sonho de consumo.


Ramana Maharshi, um grande sábio indiano da atualidade. Não. Ele não é meu sonho de consumo. Sonhe em ser como ele. Esse semblante luminoso, suave, amoroso e pueril, esconde a sabedoria de um grande homem, que escolheu o silêncio meditativo e o recolhimento para expressar toda sua Divindade. Seus ensinamentos eram transmitidos, na maioria das vezes em profundo silêncio, através do estado meditativo de seus discípulos. O sábio do silêncio. E eu, não paro de falar...quando não estou falando, escrevo. Isso foi por muito tempo, um grande problema para mim, já que meu sonho é ser como ele, Maharshi. Tornei minha prática de meditação mais disciplinada, mais longa, e ainda assim, falo muito. Mas finalmente eu entendi que esta é minha natureza. Quando chego no auge de minhas energias, de minhas forças, é nesse momento que me empolgo e falo. Quando estou entristecida, sem energia, me calo, e as pessoas percebem rapidamente que não estou bem. Minha natureza é falante, expressiva e inquieta. E o que eu fiz com esse meu sonho de consumo? Não quero mais ser como ele, quero usar a experiencia dele e seus ensinamentos para expressar da melhor maneira possível a minha natureza Divina. O mundo precisa de pessoas falantes, de silenciosos, de médicos, de poetas, de guerreiros, de pacifistas. Cada um de nós carrega uma única natureza Divina, e a grande sabedoria que podemos alcançar, é encontrar a maneira de expressar esta natureza, de forma Plena. Pratico o silêncio sempre que posso, especialmente durante as meditações. Falo da melhor maneira possível, quando estou expressando a minha Luz Divina. Medito para aprender a escolher as palavras, o tom de voz, a intensidade da fala, o momento certo para colocar as palavras, com a amorosidade, e sabedoria de Ramana Maharshi. Ainda não cheguei no ponto ideal, mas agora sei exatamente o que e como fazer. Desejo à todos um fim de semana de realizações de sonhos. NAMASTÊ!

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Estamos mesmo evoluindo?


Dizem que no início eramos quadrupedes. No processo evolutivo, nos tornamos bípedes, e assim começou a "embriaguez" do Homo Sapiens. Em pé, incorporamos a ideia de superioridade sobre todas as outras formas de vida, e iniciamos assim, um processo de exploração e destruição daquilo que sempre foi, ainda é, e eternamente será o todo ao qual pertencemos ,igualitariamente.
No processo evolutivo, criamos as sociedades, desenvolvemos a escrita, aprimoramos a ideia de superioridade, e iniciamos assim um processo de destruição de nossos próprios irmãos através de guerras.
Veio a religião, e iniciamos assim um processo de exploração e destruição da vontade, da força e da fé alheia.
Então, já muito evoluído, o homem mergulhou na revolução industrial, e iniciamos assim um processo de transformação do natural em "artificial", explorando e destruindo a Natureza, é claro.
Sentindo-se cada vez mais evoluído, o homem avançou milhares de anos em tecnologia e informática, e iniciamos assim um processo de exploração e destruição do conhecimento interno, do auto conhecimento humano e da consciência coletiva, apesar de pensarmos que compartilhamos tudo com o mundo.
E finalmente chegamos ao Pokemon Go.
Tantos milhares de anos para chegarmos à este ponto da evolução, e continuamos agarrados aos processos de exploração e destruição de tudo que evolui em nosso benefício, por que nos esforçamos apenas em satisfazer nossos desejos pessoais.
Nos apegamos ao sexo, ao trabalho, ao dinheiro, aos bens materiais, à família, como se não existisse vida fora desse medíocre mundinho que criamos.
E morremos involuindo.
Possuímos a benção da Vida Eterna, o Poder da Força Espiritual, a Sabedoria da Luz Divina, e nos apetecemos com as migalhas dos prazeres mundanos, aos quais nos apegamos como fonte de salvação.
Tudo à nossa volta está em constante evolução, e não há nada de errado com a tecnologia, a informática e a força industrial. Isso tudo está à nosso serviço.
Errado é viver em função de si mesmo, sempre.
Fique de pé, vá à sua igreja ou não vá à igreja alguma, curta sua família, os amigos, o trabalho, o dinheiro e até Pokemon.
Mas não caia na ilusão de que isso é o melhor que você pode alcançar.
Há muito mais em outra direção.
Desejo à todos uma semana de pura Evolução!
NAMASTÊ!

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Falando novamente de política.


Um aluno perguntou-me "Por que você não escreve mais sobre política?" Ele completou ainda, dizendo que eu antes escrevia por que era pra "tirar a Dilma", e agora acomodei. Claro, que estas palavras me levaram a refletir muito, por que na verdade, eu não soube responder à pergunta dele. Eu poderia dizer que não escrevo mais sobre política por falta de tempo, mas não é esta a resposta exata. Eu poderia dizer então, que estou aguardando o cenário político e econômico se estabilizar para formar minha opinião, mas isso também não é verdade. Minha opinião está muito bem definida: eu não apoio partido A ou B; não apoio partido de direita ou de esquerda; não apoio e não defendo empresários milionários que ancoram na política para aumentar seu próprio poder; não apoio e nem defendo socialistas que andam de carro importado de última geração, moram em mansões, e viajam de 1ª classe; não apoio e não defendo político sem compromisso com o desenvolvimento social(verdadeiro, sem migalhas), e que aceita e esbanja as regalias e vantagens de ser "político", enquanto seu povo morre à espera de vaga em hospitais públicos. E nesta reflexão sobre "minha bem definida opinião", concluí que não apoio ninguém por que não acredito em ninguém, por que não confio em ninguém, por que não vejo ninguém que atenda as minhas expectativas. E eu não posso escrever sobre isso. Não posso escrever que não acredito que ainda existam homens honestos, íntegros e altruístas. Não posso escrever que estou começando a desacreditar no brasileiro. E a resposta para a pergunta é: "Perdi a fé nos homens que apontam como governantes(em todas as esferas) deste país, mas não posso escrever isso". Porém, eu não perdi a Fé em Deus e em mim mesma, então, resolvi escrever novamente sobre política. Vou escrever sobre a política que nós devemos fazer. A política que eu faço diariamente, a política que cada um precisa praticar diariamente, e que é a única alternativa para reconduzir nossa sociedade ao desenvolvimento verdadeiro. A política da ética, da verdade e do respeito. A política de consciência coletiva, onde o crescimento, o desenvolvimento e prosperidade é para todos, ou para ninguém. O que parece muito bom, mas é só para você, é na verdade, um veneno que mata lentamente. Não desisti, e nem desistirei, jamais. Mas aprendi e mudei a estratégia. Política é o que cada cidadão faz em todas as suas ações, e não dependemos dos políticos para isso. Desejo á todos um fim de semana cheio de consciência! NAMASTÊ!

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Mas, Se ou Quando...


Três palavras perigosas, se não usadas com critérios. É comum nós mesmos empregarmos estas palavras em nosso dia a dia: "Se eu pudesse eu faria tal coisa", ou "Quando eu tiver tempo, farei tal coisa", e também "Adoraria fazer tal coisa, mas falta dinheiro", e assim por diante. E, via de regra, essa "tal coisa" é ajudar alguém que precisa, é fazer a coisa mais coerente, ou tem a ver com concluir projetos, e a pior "tal coisa" que existe, mudar hábitos enraizados. Daí, ficamos nos apoiando nessas falsas verdades, nas quais acabamos por acreditar, e vamos jogando fora, como água limpa que escorre pelo ralo, o tempo, as oportunidades, e a vida. E se não houver amanhã? Se não houver outra oportunidade? Se você nunca tiver dinheiro suficiente? Se nunca sobrar tempo? Já parou pra pensar em quantas coisas você deixará de realizar por criar estes pequenos empecilhos? Organizar suas ações é uma estratégia inteligente. Mas você precisará usar mais do que inteligência apenas para escolher as prioridades desta estratégia. Para remover os "mas, se e quando.." do seu dicionário, é fundamental eleger as prioridades, e colocá-las no topo da sua lista de ações. E as prioridades, são coisas que você deve fazer, sem poder, sem ter tempo ou dinheiro pra fazer. Você faz por que precisa ser feito, e é agora o momento de fazer as coisas acontecerem. Pare de emburrar a vida com a barriga. Identifique os seus "se, mas e quando...", e seu grau de importância para você. Repito: "seu grau de importância para você!" Pronto. Esta feita a sua escolha de prioridade. O que é importante é prioridade, e deve estar no topo da sua planilha de ações diárias. Se você fez uma boa reflexão, e as escolhas certas, em breve sentirá uma infinita sensação de realização pessoal, de conquistas, de paz de espirito, e de saúde plena e felicidade. E muita vontade de traçar novos planos, cheios de prioridades desta natureza. Ah! e muitas pessoas à sua volta dirão que você enlouqueceu. Desejo à todos uma semana de loucas escolhas! NAMASTÊ!