Eram quatro horas da tarde. Parei no semáforo, e um homem sentado no canteiro da Avenida veio em direção ao carro. Visivelmente embriagado, aproximou-se dizendo:" Com licença moça!" (..me ganhou no moça, rsrs). Eu fiquei olhando para ele e imediatamente pensando "Como vou recusar a moeda que ele vai pedir, pois sei que ele a usará para comprar mais bebida?" Ele repetiu, cambaleando: "com licença, moça!". Eu sorri e respondi: "Licença dada!". O sujeito caiu na gargalhada. Aproveitando eu logo rebati: "Amigo, desculpe mas não tenho moeda alguma!" O sujeito muito ligeiro me desconcertou com sua resposta: "Não tem problema moça, aceito uma notinha de cem reais!" Caímos os dois na gargalhada desta vez. E eu que não sou de ficar sem saída fiz meu retruque: "Você quer uma nota de cem com número de série final par ou impar?" Rindo bastante ele me disse: "Moça, esquece a moeda ou os cem reais, essa conversa já foi muito valiosa, ri bastante com sua simpatia!" O semáforo abriu, ele desejou que Deus me acompanhasse, e eu segui. Mas segui pensando na realidade deste homem. Uma moeda, cem reais e um sorriso tem o mesmo valor. Na verdade, uma conversa bem engraçada foi mais valiosa pra ele que qualquer dinheiro. Segui pensando no valor que temos dado ao dinheiro, esquecendo-nos do inestimável valor da simplicidade. Algumas coisas só podemos ter trocando-as por dinheiro. Todo o resto está disponível à nossa volta para ser desfrutado incessantemente, abundantemente, infinitamente, simplesmente e por toda a eternidade. Aprendamos a usufruir da moeda, sem dar à ela qualquer valor! Desejo à todos uma semana cheia de abundância! NAMASTÊ!
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